quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Bibliografia



Primeiros momentos

A vocação de Victor Meirelles para o desenho e pintura foi estimulada pelo engenheiro argentino Marciano Moreno, na época exilado político no Brasil. Aos catorze anos, produziu seu primeiro trabalho conhecido, uma paisagem da Ilha de Santa Catarina. Procurado por Jerônimo Coelho, Conselheiro do Império, Victor Meirelles produziu uma aquarela retratando sua cidade. Levada para o Rio de Janeiro, a obra entusiasmou o diretor da Academia Imperial de Belas Artes, Félix Taunay. Ficava clara sua habilidade para valorizar os detalhes triviais de uma cidade, fato que seria confirmado décadas mais tarde. A Academia resolveu custear os estudos do jovem artista, que seguiu para o Rio de Janeiro em 1847, antes de completar 15 anos de idade, onde permaneceu até 1852. Foram dois anos estudando desenho e três anos voltados à pintura histórica. Em 1852, venceu o Prêmio de Viagem à Europa, com a pintura São João Batista no Cárcere.

Estudos na Europa

Vista do Desterro, c. 1846, uma das primeiras obras de Meirelles, ainda um adolescente. Museu Victor Meirelles
A degolação de São João Batista, 1855, tela realizada em seu período como bolsista da Academia na Europa. Museu Victor Meirelles

Aos 21 anos incompletos, Victor Meirelles desembarcou em Havre, em junho de 1853. Passou brevemente por Paris e o maior tempo de sua estada em Roma e Florença. Em Roma, estudou com Tommaso Minardi e Nicola Consoni, da Academia de São Lucas, destacando-se como paisagista e retratista. Por sua dedicação e prestação de contas à Academia Imperial, teve seu estágio na Europa renovado por três vezes. Em 1856, seguiu para Milão e posteriormente para Paris, onde permaneceu até 1860. Neste período, aperfeiçoou sua pintura com Léon Cogniet, André Gastaldi e Paul Delaroche, da École des Beaux Arts, onde absorveu os traços romântico-acadêmicos de sua fase histórica. Trocou correspondências com Manuel de Araújo Porto-Alegre, diretor da Academia Imperial e seu mentor intelectual. Foi dele a sugestão para a sua primeira grande pintura, Primeira Missa no Brasil, obra que lhe tomou dois anos de trabalho.

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